Um ato contra o aumento da passagem de ônibus em Belo Horizonte complicou, na noite desta terça-feira (20), o trânsito na Região Centro-Sul da cidade. Os manifestantes, ligados ao movimento Tarifa Zero, usaram apitos e instrumentos musicais e carregaram faixas que representavam a insatisfação com os novos valores. Como em protestos anteriores, o grupo queimou uma catraca de ônibus.
Na semana passada, dois atos foram realizados na cidade. Neste terça, a concentração começou por volta das 17h na Praça Desembargador Ayrton Maia, localizada no encontro das avenidas do Contorno e Prudente de Morais, no bairro Cidade Jardim. No início da noite, cerca de 50 manifestantes, de acordo com a Polícia Militar (PM), deixaram o local e seguiram em passeata em direção ao bairro de Lourdes, um dos mais nobres da capital.

Inicialmente, eles fecharam o trânsito na Avenida Prudente de Morais. Por volta das 18h10, a Avenida do Contorno foi bloqueada nos sentidos. Em seguida, a Rua Santa Catarina também teve o trânsito interrompido.
Às 18h50, os participantes do ato estavam na altura do cruzamento da Avenida do Contorno com Avenida Olegário Maciel. Pouco depois, um tumulto foi registrado no local. Impaciente com o protesto, uma motorista furou o bloqueio dos manifestantes, o que provocou discussão e mobilizou a polícia.
Às 19h20, os manifestantes estavam na Avenida Olegário Maciel, próximo à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na altura do bairro Santo Agostinho, de onde seguiram paras as ruas Antônio Aleixo e Bárbara Heliodora.
Em frente à casa do presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), os participantes do ato fizeram nova parada. Objetos, como cones e uma roleta, foram incendiados, e a entrada do prédio foi pichada. Depois que manifestantes se dispersaram, o Corpo de Bombeiros foi até o local para controlar o fogo e fazer a liberação da Rua Bárbara Heliodora. O G1 tentou contato com as assessorias da prefeitura e da BHTrans, mas, até as 20h55, ninguém havia sido localizado para comentar o assunto.

Reajuste
O reajuste da passagem começou a valer no último dia 10. As linhas que custavam R$ 2,65, preço mais comum no transporte coletivo da cidade, passaram para R$ 2,85.
No dia 3 de abril, foi anunciado que as tarifas do transporte coletivo teriam aumento. Um dia depois, uma decisão judicial suspendeu, liminarmente, a elevação dos valores. O pedido foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que propôs que os novos preços fossem barrados, enquanto um estudo que foi base para o aumento fosse periciado.
Após análise de parte desta auditoria e alegando “inconsistências” no levantamento, a Promotoria apresentou nova ação à Justiça, pedindo a anulação definitiva do ato administrativo que autorizou o aumento. O pedido foi negado pela 4ª Vara da Fazenda Municipal, que, então, permitiu o reajuste.

Imagens: Pedro Ângelo / G1
Matéria / Fonte: G1 Minas Gerais
Na semana passada, dois atos foram realizados na cidade. Neste terça, a concentração começou por volta das 17h na Praça Desembargador Ayrton Maia, localizada no encontro das avenidas do Contorno e Prudente de Morais, no bairro Cidade Jardim. No início da noite, cerca de 50 manifestantes, de acordo com a Polícia Militar (PM), deixaram o local e seguiram em passeata em direção ao bairro de Lourdes, um dos mais nobres da capital.
Inicialmente, eles fecharam o trânsito na Avenida Prudente de Morais. Por volta das 18h10, a Avenida do Contorno foi bloqueada nos sentidos. Em seguida, a Rua Santa Catarina também teve o trânsito interrompido.
Às 18h50, os participantes do ato estavam na altura do cruzamento da Avenida do Contorno com Avenida Olegário Maciel. Pouco depois, um tumulto foi registrado no local. Impaciente com o protesto, uma motorista furou o bloqueio dos manifestantes, o que provocou discussão e mobilizou a polícia.
Às 19h20, os manifestantes estavam na Avenida Olegário Maciel, próximo à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na altura do bairro Santo Agostinho, de onde seguiram paras as ruas Antônio Aleixo e Bárbara Heliodora.
Em frente à casa do presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), os participantes do ato fizeram nova parada. Objetos, como cones e uma roleta, foram incendiados, e a entrada do prédio foi pichada. Depois que manifestantes se dispersaram, o Corpo de Bombeiros foi até o local para controlar o fogo e fazer a liberação da Rua Bárbara Heliodora. O G1 tentou contato com as assessorias da prefeitura e da BHTrans, mas, até as 20h55, ninguém havia sido localizado para comentar o assunto.
Reajuste
O reajuste da passagem começou a valer no último dia 10. As linhas que custavam R$ 2,65, preço mais comum no transporte coletivo da cidade, passaram para R$ 2,85.
No dia 3 de abril, foi anunciado que as tarifas do transporte coletivo teriam aumento. Um dia depois, uma decisão judicial suspendeu, liminarmente, a elevação dos valores. O pedido foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que propôs que os novos preços fossem barrados, enquanto um estudo que foi base para o aumento fosse periciado.
Após análise de parte desta auditoria e alegando “inconsistências” no levantamento, a Promotoria apresentou nova ação à Justiça, pedindo a anulação definitiva do ato administrativo que autorizou o aumento. O pedido foi negado pela 4ª Vara da Fazenda Municipal, que, então, permitiu o reajuste.
Imagens: Pedro Ângelo / G1
Matéria / Fonte: G1 Minas Gerais