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Em Goiânia : Ônibus voltam a circular, mas serviço ainda está prejudicado!

Órgão afirma que 293 veículos estavam em operação na Grande Goiânia. Motoristas não estão cumprindo todas as viagens temendo atos de vandalismo.

Após uma nova paralisação dos motoristas de ônibus, que afetou 17 dos 19 terminais da Grande Goiâ, 293 dos 1227 ônibus que compõem a frota que circula na Grande Goiânia voltaram às ruas por volta das 15h deste sábado (17), segundo a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC). De acordo com a órgão o número de veículos é suficiente apara atender 80% da demanda de passageiros durante as tardes de sábado, porém o serviço ainda está prejudicado. A assessoria do órgão explicou que os motoristas não realizam todas as viagens programadas, pois estão com medo de novos atos de vandalismo nos terminais. Os veículos foram impedidos de sair das garagens nesta manhã por motoristas que reivindicavam um novo acordo salarial com o Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo de Passageiros de Goiânia (Setransp). Com esse bloqueio, quase 80% das linhas foram prejudicadas diretamente.

Ônibus voltaram a circular no início da tarde, na Grande Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)



A retomada parcial do serviço aconteceu depois que a Polícia Militar foi acionada para negociar com os manifestantes e garantir o cumprimento de uma ordem judicial, que proibia que motoristas ligados ao Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo) impedissem a circulação dos veículos. A multa em caso de descumprimento é de R$ 50 mil por dia.

O Sindicoletivo, entidade que não representa oficialmente a categoria, alega que os ônibus voltaram a circular para que a decisão da Justiça fosse cumprida, mas que novas paralisações não estão descartadas. Uma reunião entre os sindicatos envolvidos e as empresas de transporte coletivo está prevista para segunda-feira (19) uma reunião, às 14h, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), para tentar uma conciliação entre as partes.

Passageiros pedredaram ônibus durante protesto em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)


O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Goiás (Sindittransporte), representante legal dos motoristas, afirma que a categoria não está em greve. O Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo) explicou ao G1 que a paralisação é apenas um protesto e ocorreu porque parte da categoria não aprova o acordo feito pelo Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo de Passageiros de Goiânia (Setransp) e o Sindittransporte, que concedeu um aumento de 7% ao salário dos funcionários.




Protestos
As paralisações de parte dos motoristas revoltaram usuários em diversos terminais da Grande Goiânia desde a manhã de sexta-feira (16). De acordo com a RMTC, 85 ônibus foram depredados. O Terminal Bandeiras também sofreu com o vandalismo. Lixeiras, vidros e máquinas de venda de comidas e bebidas também foram destruídos. Por medida de segurança, todos os ônibus foram recolhidos às 20 horas de sexta-feira (16) com a previsão de voltar a rodar nesta madrugada. A PM informou ainda que 17 pessoas foram detidas. Todos os detidos, de acordo com a corporação, devem ser autuados pela prática de vandalismo e depredação dos patrimônios público e privado.

Por dia, são atendidos cerca de 750 mil usuários na Região Metropolitana. O órgão calcula que pelo menos 50% dos passageiros foram prejudicados durante o protesto.

Reivindicações
Em acordo firmado entre o Setransp e o Sindittransporte, o salário dos motoristas, que era de R$ 1.445,14, foi reajustado para R$ 1.546,30 e o vale-alimentação, que era de R$ 375, passa a ser R$ 435. Representantes do Sindicoletivo afirmam que não foram convidados para participar das negociações entre motoristas e empresas e avaliam a possibilidade de decretação de greve.

Procurado pelo G1, o presidente do Sindittransporte, Alberto Magno Borges, afirmou que o reajuste salarial de 7% foi amplamente discutido e aprovado pelos motoristas. "Fizemos consultas nas garagens, nos terminais de ônibus, com todos envolvidos. O Sindicoletivo não representa a categoria oficialmente e apenas tumultua as negociações. Não compactuamos com o ato promovido por eles hoje", ressaltou.

Já a assessoria de imprensa do Setransp informou que o órgão participou das negociações, juntamente com o Sindittransporte e com a anuência do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT). Ainda segundo o sindicato, tudo feito "dentro da legalidade".

A CMTC ressaltou, ainda, que oficiou o MPT pedindo apoio na fiscalização em relação a possíveis movimentos grevistas sem a devida legalidade.

 

 

Matéria/Imagens: G1 Goiás / TV Anhanguera

 

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